Terra molhada!
Sabe quando chove, que molha a terra e ela respira, aliviada da secura?
Sobe um cheiro gostoso de volta pra infância, dando adeus a amargura.
É o retorno da mente viajante,
que ligeira sai do presente, para viver o antes.
Cientistas irão dizer, que são bactérias Streptomyces coelicolor.
Uma coisa inofensiva que junto com a água vira geosmina.
A tal da geosmina também se encontra, como uma desgarrada
na beterraba e nos peixes achamos também.
Muquirana essa menina, a tal da geosmina, tá em tudo, não é de ninguém, eu prefiro arriscar e do mundo científico a ira levantar.
Não é nada disso, sou eu no céu a flutuar, quando no peito minha saudade
de ti vai ao léu, todas as nuvens choram comigo, inundando o céu.
Assim de repente cai uma torrente, molha a terra, que de novo respira, me dizendo com a tal da geosmina, teu amor está contente.
Pois agora ele te sente.
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