A mediocridade
é uma paciente assídua do divã,
nunca sabe ser o melhor,
esperançosa acredita
estar longe do pior.
Só sai do muro
no tombo do desequilíbrio.
A loucura
que dá propulsão à decisão.
O dom de poetar é traçar um diálogo entre mente, mão e papel. Abrir a alma errante, como a um véu. Seguir a rota aérea por onde tudo esvai. Não mentir, dizer apenas o que sente. Na verdade, há que se desnudar e libertar. Poetar é amar-se, conhecer-se, se abraçar às letras, render-se, sem motivos, deixar fluir a sensibilidade do coração. Voar o pássaro que há em você, num céu que vale a pena ler.