O dom de poetar
é traçar um diálogo
entre mente, mão e papel.
Abrir a alma errante,
como a um véu.
Seguir a rota aérea
por onde tudo esvai.
Não mentir, dizer apenas
o que sente.
Na verdade, há que se desnudar
e libertar.
Poetar é amar-se,
conhecer-se,
se abraçar às letras,
render-se, sem motivos,
deixar fluir
a sensibilidade
do coração.
Voar o pássaro
que há em você,
num céu
que vale a pena ler.