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18 de dez. de 2016

CARTAS DE UM BEIJA-FLOR. 3º Capítulo O que é o câncer beija-flor?


Nosso amigo bicudo hoje deparou-se 
com uma palavra que ele não conhecia, intrigado passou a pousar mais na casa daquelas pessoas que falavam “câncer” de uma maneira acanhada, doída...
Notou que todos se referiam a isso emitindo do peito uma luz sem muito brilho, opaca, difusa, puxando para o negro.
Claro que ele não entende a gravidade deste termo.
Pássaros vivem louvando a vida, o sol, a alegria a liberdade de voar.
Como entender o que tira tudo isso em segundos...

Depois de algumas andanças pelos jardins do bairro, deu um rasante na varanda da moça que escreve poemas.
Passou tão perto de seus cabelos que levantaram alguns fios.
Ela sorriu para ele mas nem se mexeu, tamanha alegria em tê-lo como visita.
_Ela sorriu!! Pensou o bicudo...
_Farei de novo! Zummmmmmmmmm

O menino de penas verdes brilhantes circundou por cinco vezes.
Já era provocação de beijoqueiro!
Por fim ela deu um bom dia!
_Seja bem-vindo a minha casa bicudo!
_Me faça companhia enquanto escrevo!
Mas ele acabou sendo corrido por uma grande cachorra, que se diverte tocando a passarada!
O bicudo ficou ao longe, observando o ambiente.
Os beija-flores são muito curiosos!
São dotados de uma percepção de energias, incrível!
Nunca os enxote, eles só trazem bons augúrios!
De um segundo para o outro a moça da varanda atendeu o telefone, perdendo o sorriso!
O bicudo pousou perto para entender o que se passava.
Os dois ficaram se olhando...
Ele penetrou sua alma e ela mergulhou em seus pequenos olhos.
O beija-flor sentiu o peito apertar e olhou para o coração dela!
A luz foi ficando opaca, o brilho diminuiu e o tom de negro tomou conta de todo o peito!
Ambos sabiam que a notícia tinha sido triste e seus corações pulsavam no mesmo ritmo ansioso!
Ela beijou a palma da mão e lhe mandou um beijo com todo o amor que tinha.
_Vá bicudo, voe para as flores!
_No seu mundo vocês se escondem quando a vida chega ao fim!
_Mas no dos humanos é quando mais ficamos expostos!
O beija-flor deu mais uma volta em seus cabelos e lhe tirou mais um sorriso!
Dessa vez molhado pela lágrima que caía!
O penacho escreveu sua 3ª carta aos homens.
_Não sabemos o que é viver essa palavra câncer, mas sabemos que quando um temporal destrói nossos ninhos, só nos resta fazer outros mais fortes, mais resistentes.
_A reconstrução faz parte do ciclo da vida, um pássaro não para a se lamentar o que perdeu.
Refaz tudo, pois sabe que assim em pouco tempo estará de novo cruzando o céu, livre para voar!
Pássaros são livres e liberdade inclui ter esperanças sempre!
Bicudo voou para seu ninho.
Ficou aconchegado no silêncio da família!
O calor dos demais era o único alimento que queria agora!
Izabel Gonçalves.

17 de dez. de 2016

O FARDO DO FADO!

O fardo do fado!
Meu coração é nau portuguesa, que desbrava mares de incerteza, singra gigantes ondas, a caminhar pelo Porto e ver sua beleza.
Se a saudade me bate, apanho calada, a alma me lava.
Brinda-me com a ternura, rola-me pelo rosto, desgostos mil.
Se sofro, não me julgues, transformo-a em poesia.
Assim com o fado me morro todo dia.
Fado é destino, fatalidade, é música que canta o viver, 
é poema narrado em notas do sofrer.
Foi Deus que me pôs no peito, o que não só eu sinto, mas jogo ao vento.
Que não sei, nem ninguém sabe dizer.
De tormento e tristeza, que se acabam numa noite portuguesa.
Apego-me ao fado num socorro, que me foi negado.
Escoando essa dor desalmada, não incomodo a ninguém.
Adoço sim, corações além, renasço também.
Não há como correr, se triste ou não, como se há de saber…
Cujas almas sensíveis, presenteiam a escrever.
Gosto de descrever, o que tantos outros, insistem em esconder.
Como conseguir viver, sem amar alguém, sem ter ninguém.
"Eu te amo" a lhe dizer.


CARTAS DE UM BEIJA-FLOR. 1º CAPÍTULO.

O primeiro capítulo do meu livro.

Onde esse pequeno pássaro pensante, escreve o seu dia a dia observando os seres humanos.

Dotado de uma perfeição e rapidez incrível, “esse” nasceu inteligente no mundo dos homens!

O BURACO NA RUA!
Na rua Beija-flor moravam dois homens, vizinhos de casas coladas.
Saiam a mesma hora para trabalhar, voltavam no mesmo horário.
Dificilmente se olhavam ao sair ou entrar.
Eram dois soturnos, fechados em si mesmos, se entreolhavam discretamente, mas ninguém ousava falar.
Ambos acreditavam que o outro seria insensível ao cumprimento, pensando assim, passavam um pelo outro há dez anos, sem trocar um bom dia!
Tinham gostos parecidos em termos de carro, ambos possuíam o mesmo modelo e marca, apenas a cor se diferenciava.
Vander tinha o (prata) fosco e Faissal o (prata) brilhante perolado.
As coincidências eram muitas, não paravam por aí!
As maletas profissionais ambas Vitor Hugo, uma marrom e outra azul-marinho, mas as duas com as mesmas iniciais VH, motivo de olhares de desdém ao se verem usando o mesmo modelo.
Ao longo dos dez anos, inconscientemente ou não, ternos, sapatos, maletas, camisas, cores, preferências e até manias, eram compartilhadas mutuamente a contra gosto!
O que era motivo de escárnio, em contrapartida só confirmava o bom gosto de ambos se espelhando.
Se combinassem, não conseguiriam harmonizar tanto!
O silêncio imperava sempre!
As esposas eram amigas, trocavam conversas entre si, sem que eles soubessem do fato.
Ambas tinham ciência das rusgas omitidas.
Temiam que sua amizade acirrassem os ânimos.
Esperavam que Vander e Faissal saíssem para trabalhar, para colocar os assuntos em dia.
Trocavam informações e opiniões, chegando mesmo, uma a dar conselhos sobre o marido da outra.
Riam-se muito das manias estranhas deles.
Entre elas os chamavam de “Zéhorror” e “Zéterror”, já que eram chatos, prepotentes e arrogantes com todos.
Certo dia na rua do Beija Flor estourou uma manilha da rede de esgotos.
Claro que abriu um buraco grande e o mau cheiro invadia as casas.
Fato que deflagrou reclamações diárias por parte dos dois.
As mulheres coitadas é que sofriam, escutando todo tipo de grosseria.
Não havia argumento plausível que os fizesse parar de reclamar.
Vander acusa Faissal para a própria esposa, dizendo ser a família de Faissal, responsável pelo estouro do esgoto.
_Com certeza esse povinho deve jogar coisas estranhas no vaso sanitário, por isso entupiu tudo e compartilhamos agora o fedor deles.
Faissal por sua vez alegava que a família de Vander só dava miojo pros filhos e o resultado estourou a tubulação!
_Claro que isso entope tudo!
_Vou agora na casa desse povo, isso terá um fim!
Na saída de casa Faissal cheio de ódio, se dirige à casa ao lado desatento, tomado de ira pisa na sujeira tirada do esgoto.
A Terceira Guerra mundial foi deflagrada!
Vander escutando os berros, sai para verificar!
Os dois se olham, antecipando o juízo final.
Um pequeno beija-flor voa acelerado pelo local e dá um looping na cabeça dos dois turrões.
As mulheres só olhavam, sem acreditar que tinham se casado com aquelas toupeiras!
Os machões ao verem as esposas se entreolhando e fazendo caras e bocas, resolveram mostrar sua “virilidade oculta” sob as gravatas Hugo Boss!
Deram ao mesmo tempo uma porrada forte no pobre beija-flor, e erraram.
O pequeno voador foi mais rápido.
Ambos acertaram o nariz um do outro caindo na vala do esgoto!
As esposas entraram em casa, envergonhadas de seus homens!
O pessoal da prefeitura se afastou sem ajudar.
Um teve que dar a mão para ajudar o outro, senão ambos patinariam no miojo até agora.
A partir desse dia se cumprimentam mutuamente, já falam se vai chover ou não, e um elogia a gravata do outro.
O beija-flor escreveu sua primeira carta, falando dos homens!
_Maldade gratuita é dar tiro no próprio pé!
_Seres estranhos esses humanos, eu só queria uma flor perfumada para cheirar, o “miojo” estava insuportável!
Izabel Gonçalves.

CARTAS DE UM BEIJA-FLOR. 2º CAPÍTULO.

CARTAS DE UM BEIJA-FLOR.
Segundo Capítulo
O Canalha!
Nosso pequeno escritor, o beija-flor, voava tranquilo pelo bairro.
Quando viu uma janela aberta.
Chamou sua atenção o cheiro de flor, a fome bateu e voou em sua direção, crente que pelo menos um vaso de planta poderia haver no local.
Entrou afoito e viu um solitário homem, que digitava no computador, sem notar sua presença.
Cansado pousou na estante, para ver o que se passava.
O homem atento a tela, pulava de uma página para outra, esmiuçava imagens, as palavras de outras pessoas.
Respondia e perguntava, parecia falar com alguém.
Vez ou outra gargalhava, como se algo fosse engraçado.
O beija-flor ficou intrigado, pois, o homem se ria do que as mulheres escreviam.
Acabara de entrar numa página estranha, onde se passava por um galante paquerador.
Insinuava, escrevia coisas lindas, colocava imagens românticas.
O beija-flor lembrou da dança que alguns pássaros fazem antes do acasalamento, assim impressionavam as fêmeas.
Ficam posudos abaixando e subindo, abrem as asas, rodam, fazem mil piruetas.
Vez ou outra o homem soltava sons estranhos, como Huuuu! Ulalálálá! Hehehehehe!
Uma língua, que beija-flor desconhece.

O ser preparava a própria comida, engolia na frente da máquina, com olhos ávidos na tela.
O tempo passou e o beija-flor adormeceu.
Ao acordar o silêncio imperava.
Onde estaria aquele ser estranho?
Como o dia já raiava, nosso pequeno plumante saiu em busca de néctar.
Intrigado nosso escritor de cartas voltou no início da noite.
Sem ser percebido, se alojou no mesmo canto da estante.
A rotina era a mesma, o homem só levantava para buscar comida e bebida, ria muito do que as mulheres escreviam.
Vez ou outra comentava consigo mesmo o quanto eram chatas e pegajosas.

O beija-flor sentiu algo que lhe apertou o peito!
Mal conseguia respirar, o ar pesado, carregado de maldade, de sarcasmo, faziam mal ao pequeno tão sensível.
Cansado, adormeceu em silêncio, apenas os dedos nervosos na máquina emitiam sons.
O pequenino acordou, e se deu conta que mais uma vez tudo estava vazio, o homem sumira e a claridade do dia já entrava pela janela.
Pensou o bicudo.
_Vou voar pelos locais e procurar o estranho homem…
Decolou e entrou num lugar onde o ser humano fazia suas caquinhas, nada...
_Aqui ele saiu com comida, pensou...
Chamam a isso de cozinha, mas nada...
Enfim entrou onde ele dormia.
Espantado viu que o homem mesmo com o sol raiando, ainda não dormira.
Alojou-se no alto do armário, tentando escutar o que ele balbuciava.
Ria nervoso falando: “idiotas”.
Hora reclamava: “Elas merecem”.
_Farei todas sofrerem...
O pequeno colibri nada entendeu, apurou mais os ouvidos.
Por fim o homem ria e chorava, num misto de loucura e lucidez.
Convulsivamente dizia para si mesmo.
_Sempre sozinho... Sempre sozinho!
Odeio todas elas...
O beija-flor escreveu então sua segunda carta!
_Entrei num ninho que sempre está vazio.
_Sem fêmea, apenas um macho da espécie “canalha” enlouquecido por sua solidão.
Nosso lindo beija-flor nunca voltou ali.
Pesava-lhe o peito, arfava com tanta infelicidade.
Izabel Gonçalves.






25 de nov. de 2016

OS GURUS DA NOVA ERA.


OS GURUS DA NOVA ERA.
O que é um Guru?
Guru é um termo com origem no sânscrito e significa "professor", no hinduísmo, uma das religiões indianas, o termo é utilizado para designar um guia espiritual.
O guru é aquele que possui elevado conhecimento filosófico.
Popularmente o termo guru passou a ser utilizado para designar alguém com sabedoria e capacidade de orientar e influenciar pessoas em determinado assunto.

O ser humano está em constante busca pela verdade, mas a verdade tem apenas uma face?
Será que podemos acreditar na verdade dos outros?
A verdade alheia nos serve?
Temos que descobrir a nossa própria verdade?
Como fazê-lo?
Precisamos realmente que nos ensinem a pensar, para acharmos a nossa verdade?

Tudo isso é muito perigoso, estamos vivendo a era dos gurus, onde alguns espertos com o poder da verborragia sedutora enriquecem as custas de multidões, que acham que precisam de ajuda para pensar e descobrir não só a sua verdade, mas a verdade de tudo e todos.

Uma febre se instalou na sociedade como um todo, seguir os gurus da nova era é chique, como se o pensamento recebesse uma “grife”. Cara, perfeita e elegante de usar.

Uma boa observação é que ninguém usa frases ou sábios conceitos repassados pela avó ou mãe, que conviveram dentro do seu universo, mas sim dos gurus da moda, que nem te conhecem.

A maioria enriqueceu com livros e fundações, cito alguns:
Sri Sri Ravi Shankar, Fundação Arte de Viver. 

Hridayananda dasa Goswami, Sociedade Internacional para Consciência de Krishna, conhecida como Hare Krishna.

Sri Amma Bhagavan, fundou a Onenness University.

Paramahansa Yogananda, fundou a Self-Realization Fellowship.

Osho, Chandra Mohan Jain, mais conhecido como Osho, teve mais de 600 livros publicados e traduzidos em 55 idiomas.
Ficou conhecido como o guru do sexo.
“O orgasmo oferece o primeiro vislumbre da meditação, porque nele a mente para, o tempo para”, afirmou o líder.
Com a expansão do HIV, o líder criticou as posições do Papa João Paulo II e recomendou o uso de camisinhas e luvas de látex na hora do sexo.

Um grande perigo dos tempos atuais é pautar a própria vida por palavras ou atitudes dum ser que nem conhecemos pessoalmente, quiçá no cotidiano faça tudo ao contrário que dita.
Verdades são constituídas de experiências vividas e digeridas, cada qual tem suas histórias de vida, emoções absorvidas, atitudes exercidas, são universos particulares que precisam ser respeitados, não dá para colocar o mesmo rótulo para todos como numa fábrica, que simplesmente carimba, embala e vende.
O nome disso é produto, e verdades não são vendáveis, não tem preço!

Os gurus da nova era são perigosos, porque a história já comprovou que o ser humano prefere copiar que criar, seguir que desbravar, acreditar... que pensar por si próprio.
A ginástica do pensar exige fôlego, constantemente gera embate interior de si para consigo mesmo, o que hoje concluímos de um jeito, amanhã sob novo prisma gera outro conceito, é como uma língua viva, que incorpora novos valores aos antigos, gerando palavras dantes inexistíveis.
O perigo está em trocar a liberdade do seu cérebro criativo, pela prisão de um cérebro que se auto intitula guru, e achar que tudo que diz é a mais pura verdade dentre todas as verdades existentes, sem ao menos questionar se isso lhe serve.

Quem engole sem mastigar tende a indigestão por congestão.
A congestão é a afluência anormal num ponto exato que sofre com a sobrecarga, serve para todos esses conceitos estapafúrdios espalhados pelos gurus e suas realidades opostas das nossas.

Indigestão é a resultante de toda essa congestão de modismos pensantes com grife.
Digestão é obter ideias, assimilar, separando e direcionando onde serve ou não ser aplicada.
Não sou guru portanto não considere o que leu como verdade, tire suas conclusões e construa a sua.
Boa digestão!
Izabel Gonçalves


20 de nov. de 2016

AMÁLIA HOJE - "Foi Deus" (VIDEOCLIP OFICIAL)



FOI DEUS!


Foi Deus!

Queria ter o poder de criar um ser humano.

Invejo quem o fez, empolgou-se e criou tantos.
Para tristeza e meu espanto fiquei de fora.
Apenas um queria, do jeito que imagino seria.
Tipo fado de Amália Rodrigues que pôs estrelas no céu!
Me deixou sem fim, pôs nada em mim.
Imaginei mais que o Criador.
Pensei-te perfeito… Que dor!

Por um nada, um talvez, fiquei sem vez.
Se a lágrima corre-se, lavaria a alma.
Secou-se no deserto que um dia floriu.
No peito as penas voam a cantar.
O fado triste se mistura a amargura.
O peito me bate tal cadência ao vento.
Olho o firmamento a esperar.
O que criastes e não me quer dar.

As estrelas firmam no céu, o meu olhar.
Neste vácuo a vagar.
Quisera eu tivesse o dom, de criar-te.
Me entenderias por fim.
O fado terminaria diferente e não seria assim.
Pois a tudo destes par.
Neste espaço sem fim.
Por que então, esquecestes de mim?
Não fui eu!
Foi Deus!

7 de nov. de 2016

MATARAM DONA VIRTUDE

Encerro minha madrugada, 
com a certeza que esta senhora 
foi morta e enterrada como indigente!
Aqui jaz a virtude!


A MÚSICA CURA

A música cura!

A música é a linguagem universal, através dela sentimos todos a mesma mensagem, seja triste ou alegre, conseguimos captar o sentimento enviado e esse bate no côncavo da alma respondendo à motivação vivida.

Na matéria da revista Veja de 18 junho 2009, 17:50h. 
Por Natalia Cuminale diz:  "quando utilizamos músicas relacionadas à história de um portador de Alzheimer, por exemplo, essa pessoa consegue relembrar fatos com detalhes: isso não viria à tona, caso indagássemos aquele paciente”, explica Cléo Correia, musicoterapeuta do ambulatório de Musicoterapia de Neurologia do Comportamento da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
“A música tem um impacto direto e mensurável no estado mental, reposta biológica ao stress, sensação de dor, ação cardíaca, pressão sanguínea, níveis de hormônio, produção de morfinas, adrenalina e atividade elétrica cerebral”, sintetiza Ralph Spintge, presidente da Sociedade Internacional de Música na Medicina, em Lüdenscheid, Alemanha.
Ainda não existe uma farmacopeia musical universal. 

Acredito que temos sim, cada um de nós tem suas preferidas, aquelas que curam suas almas, das doenças que a sociedade destila, da maldade agressiva e fortuita dos homens.
O silêncio também é música, também é som que cura, a ausência de ruído é silêncio, o silêncio é partitura que faz brotar nossas melodias internas.
Izabel Gonçalves


Links de pesquisa.
http://veja.abril.com.br/saude/como-a-musica-pode-ajudar-na-cura/

http://www.curaeascensao.com.br/musicas.htm

http://www.curaeascensao.com.br/musicas_arquivos/musicas/musicas24.html
http://www.curaeascensao.com.br/musicas.htm



O LIVRO DE ELI

O Livro de Eli.

Na vida existe sempre um filme, uma música, uma história, que passa a fazer parte do que somos. Agregamos fatos, frases, emoções da grande tela. 
A personagem é assexuada, se encaixa em qualquer ser humano.
Eli é um desses que olhamos como um espelho, 
nele identificamos nossa solidão interna, nosso eu cultivado a ferro e fogo!
Eli é a resistência divina dentro do ser, a tenacidade do ideal almejado. Eli só consegue sobreviver em si mesmo, porque abriu mão de tudo o que a maioria não consegue. Ele acredita e isso lhe basta!
Eli, como conta a música tema do filme, 
não consegue ver o amanhã e nunca lhe contaram sobre o sofrimento, é um homem partido, que não consegue juntar seus pedaços.
Seu coração pede para viver de novo, mas como impedir a chuva que cai. Como impedir o curso da natureza... Como impedir o homem de ser o que é?

Esse foi sem dúvidas o filme que me marcou, me fez crescer e olhar para dentro.
Izabel Gonçalves










4 de nov. de 2016

SEXTA, DIA DA SESTA NA CESTA!

SEXTA, DIA DA SESTA NA CESTA!
Nasci numa sexta dia seis, cheia de sono do jeito que vim fiquei.

Durmo sem parar como a um bebê é de se esperar.
Mamo e tiro a sesta, de novo vou mamar, quando outra sexta chegar.
O que sujo na cesta colocam, sexta é dia de lavar.
Entre uma sesta e outra, me pego a obrar.
Nada há para fazer na vida de quem acaba de nascer.
Nada esperam de mim apenas dormir, crescer e engordar.
Não me decidi ainda se os olhos vou abrir, porque na cesta uma sesta vou tirar.
Bom mesmo na vida de recém chegado é responsabilidade não assumir.
Se folgado sou, não me faço de rogado.
Tenho a vida inteira para ser cobrado.
Me deixem agora de novo na cesta dormir.
Pois hoje é sexta e cansei para cá vir.
Quero a sesta na sexta dentro da cesta, sem demora e sem hora.
Sou bebê, mas de tudo sei, antes de vir pesquisei.
Quando damos a entender que daqui já sabemos.
Nos fazem crescer mesmo sem querer.
Quero já a minha cesta, vou fingir adormecer.
04/11/16 - 16:42


O SENHOR DA RAZÃO!


O Senhor da razão!
Dizem que é o tempo. 
Não acredito nisso como lema, nem opção!
O Tempo não é Senhor de nada. 
Passa apenas como trator em decisões tomadas.
Não recupera nem refaz estrada. 
O caminho que se tomou o tempo cimentou!
Ele é executor, pratica a lei sem dor, nem pudor. 
Não importa quem sofra, ele é doutor.
Tanto mata quanto cura, o remédio ele segura. 
Corre e jamais volta!
A condição do antes, já não mais o é, sempre em frente.
Sem que o pare ou pegue, pelas mãos escorre, 
a ninguém deve.

Quem do tempo, bom tempo faz. 
Aproveita sempre mais!
Pois tempo não cuidado, é tempo escorrido e perdido.
Se errar é humano, o pesar do Tempo é desumano!
Separa a mim, a tu e a todos nós. 
Nos deixa sós!
Tempo não é companhia. É tortura com manias!
Se tá bom logo acaba. 
Se horrível não termina!
Contar o Tempo é uma sina!

Se o homem aprendesse que o Tempo não existe!
Mais sábio seria que triste. 
Viveria cada momento, como se não houvesse amanhã!
Quando o futuro chegasse, do passado se riria!
Pois do Tempo tirou o máximo, a viver com alegria!

DE VOLTA À CASA

De volta à casa.
Meu maior medo? 
Perguntei-me isso outro dia.

Obtive uma resposta assustadora!
De ter vindo boa e partir ruim...
De regredir em função do mundo em que "sobrevivemos".
Lembrei de mim hoje!
Fiquei tão feliz, me reconheci, 
não me abandonei em momento algum.
Olhei para dentro e lá estava, 
guardadinha como sempre, no mesmo lugar.
Quem sempre admirei.
Que orgulho!

Continuo gostando das mesmas coisas simples, continuo acreditando.
A maldade do mundo não foi suficiente para me destruir.
Me perguntei de novo!
_Qual é o seu maior medo?
_ Perder o meu eu, mudar a ponto de não me ver.
_Não me reconhecer mais...

Os que já se perderam procuram desesperados por si mesmos!
É tão prazeroso quando nossos olhos brilham de emoção, lembrar o que passamos e ver que não foi o suficiente, para sentir vergonha.

Isso dá forças, ainda estou lá dentro!
Sou o melhor de mim me amando.
A conexão está intacta. 
Aconteça o que acontecer, passe o que passar.
Tenho as respostas em mim.

Não preciso enxergar o mundo pelos olhos dos demais.
Sou escola, aprendiz e mestre.

Sou o meu lar!
Nunca esqueço o caminho para onde devo voltar!

O VAGALUME!


O Vagalume! 
Quem és tu pequenino que passas a brilhar, a todos incomodar. 
Exibes inocente tua luz indecente do rabo a clarear. 
Voas pra lá e pra cá a se anunciar, mal sabes o perigo a te rondar... 

Tem coisas viventes, que rangem os dentes. 
Por não saberem brilhar. 
São cobras, serpentes que no chão se arrastam.
Querendo te caçar...

Que inveja é essa que agride a luz e a tudo que seduz? 
Não é você caro inseto pequeno e frágil, que causa furor.
É o que lembras às pessoas, que não alcançam as estrelas. 
Como tu querem ser. 

Os que fazem na Terra o firmamento existir!
Tu és o simples vagalume, que sem perceber...
Iluminas sutilmente a própria mão que te leva a fenecer...

O VERDADEIRO AMIGO!

O verdadeiro amigo!

É aquele que fala mal de você na tua cara!
(E não pelas tuas costas).
É aquele que arrisca a amizade, mas se expõe numa crítica.
(E não o que te faz motivo de risos).
É aquele que quando erra assume e corre a consertar.
(E não o que dá uma de João sem braço...).

É aquele que pode não concordar, mas te escuta até o fim.
(E não o que te vira as costas e deixa falando sozinho...).
É aquele que te quer bem, sem interesses.
(E não porque quer algo de você...).
É aquele que sai do seu caminho para não atrapalhar.
(E não o que fica mesmo atrapalhando).

É aquele que mesmo longe se preocupa!
(E não o que aproveita a distância para prejudicar...).
É leal ao sentimento de amizade!
(E não leal aos próprios interesses...)
É aquele que sempre te diz a verdade, mesmo que doa!
(E não manipula a verdade...).

O verdadeiro amigo sofre contigo, e alegra-se com tuas vitórias!
(E não o que está tudo bem quando junto, mas separados se lixa...).
O verdadeiro amigo pode nem mais ser seu preferido, mas continua com você no peito!
(Sabe que um amigo de verdade se conquista, não se acha na vitrine para comprar...).

O verdadeiro amigo será sempre o seu melhor amigo!
(Mesmo que isso não seja mais possível...)

OS PIRATAS DAS PALAVRAS!


Os piratas das palavras!
Os poetas e poetisas são piratas das palavras. 
Navegamos por mares, desbravando sensações.

Não necessariamente estamos tristes, 
felizes, deprimidos ou surtados!
Apenas singramos os mares nunca dantes navegados pelos demais.

Repassamos inspiração, arriscamos naus mentais!
Nos expomos dentro dos temporais. 
Amamos desafios!

 É morrer afogado ou afogar o naufrágio!
Cada verso, cada poema arrematado.
Passa a somar nosso tesouro conquistado!

GENTE DIFERENTE!

Gente diferente!

Por algum motivo, existem pessoas que são mais sensíveis que outras.
São os que a sociedade, chama de trouxa.

Se emocionam com o bem e o mal.
Choram tanto de alegria, como de tristeza.
Para eles não existe moleza.

São capazes de olhar o mundo como um todo ou detalhe.
Admiram com a lente da alma, o belo, o simples numa eterna calma.
Sentem mais, absorvem mais, tudo é soma, desconhecem subtração.

O que esperam sorrindo, desabam com o não.
Por serem assim, as vezes se afastam, 
outras são afastados.
Mas nada lhes é comum...

Tudo é especial.
A realidade é que vivem num caos, 
a qualquer momento, um terremoto emocional.
Não são doentes, apenas gente.
Gente diferente, que se importa.
Gente que apoia, que vibra, 
que vive o outro na estima. 
que sofre junto, e não teme falar.
_Estou contigo pro que der e vier é só chamar!

Tem gente assim, de tão sensível chega a incomodar.
Gente que por amigo mete a colher.
Que dá voadora e enfia o pé.
Que finge ser forte, quando não é...

Que está junto na vida e na morte.
Eles são gente diferente!
Tê-los por perto, é nunca sabermos, se é azar ou sorte!

FILTRO SOLAR (Todos são Livres).

Filtro Solar (Todos São Livres)

Senhoras e senhores da turma de 99.
Usem filtro solar.
Se eu pudesse dar só uma dica para o futuro seria protetor solar.
Os benefícios, em longo prazo, do uso do filtro solar foram cientificamente provados. 
Os demais conselhos que dou baseiam-se unicamente em minha própria experiência.

Eis aqui um conselho. 
Desfrute do poder da beleza de tua juventude. 
Ou esqueça!
Você só vai compreender o poder e a beleza de tua juventude quando já tiverem desaparecido.

Mas acredite em mim, dentro de vinte anos, você olhará suas fotos e compreenderá, de um jeito que não pode compreender agora, quantas oportunidades se abriram para você e o quão fabuloso/a você era.

Você não é tão gordo quanto você imagina.
Não se preocupe com o futuro.
Ou se preocupe, se quiser, sabendo que a preocupação é tão eficaz quanto tentar resolver uma equação de álgebra mascando chiclete.

É quase certo que os problemas que realmente têm importância em tua vida são aqueles que nunca passaram por tua mente, tipo aqueles que tomam conta de você às 4 da tarde em alguma terça feira ociosa.

Todos os dias, faça alguma coisa que seja assustadora. 
Cante!
Não trate os sentimentos alheios de forma irresponsável.
Não se junte a pessoas que agem de forma irresponsável com os seus.

Relaxe,
Não perca tempo com a inveja.
Algumas vezes você ganha, algumas vezes você perde.
A corrida é longa e no final, tem que contar só com você.

Lembre-se dos elogios que recebe.
Esqueça os insultos.
(Se conseguir fazer isto, me diga como).

Guarde tuas cartas de amor.
Jogue fora teus velhos estratos bancários.

Estique-se
Não se sinta culpado se não sabe muito bem o que quer ser da vida.
Não tenha sentimento de culpa se não sabe muito bem o que quer ser da vida.

As pessoas mais interessantes que conheço não tinham, aos 22 anos, nenhuma ideia do que fariam da vida.

Tome bastante cálcio,
Seja gentil com teus joelhos.
Você sentirá falta deles quando não funcionarem mais.
Talvez você se case, talvez não.
Talvez tenha filhos, talvez não.
Talvez se divorcie aos 40.

Talvez dance uma valsinha quando tiver 75 anos de casamento.
O que quer que faça, não se orgulhe nem se critique demais.
Todas as tuas escolhas tem 50% de chance de dar certo.
Como as escolhas de todos os demais.

Curta teu corpo
Da maneira que puder.
Não tenha medo dele ou do que as outras pessoas pensem dele.
Ele é teu maior instrumento.

Dance!
Mesmo que o único lugar que você tenha para dançar seja tua sala de estar.
Leia todas as instruções, mesmo que você não as siga.
Não leia revistas de beleza, elas te farão sentir feia.

Irmão e irmã, juntos superaremos.
Algum dia um espírito vai tomar você e o guiar para lá.
Eu sei, que você se machucou mas, 
eu estarei esperando para estar lá com você!
E eu estarei lá te ajudando, sempre que eu puder.

Saiba entender teus pais.
Você não sabe quando eles irão para sempre.
Seja agradável com teus irmãos.
Eles são teu melhor vínculo com teu passado e aqueles que, no futuro, provavelmente nunca deixaram você na mão.

Entenda que os amigos vão e vem!
Mas que há um punhado deles, precioso, que você tem que guardar com carinho.

Trabalhe duro para transpor os obstáculos geográficos e da vida, porque, quanto mais você envelhece, mais precisa das pessoas que conheceram você na juventude.

More em Nova Iorque, mas mude-se antes que a cidade transforme você em uma pessoa dura.
More no Norte da Califórnia, mas mude-se antes de tornar-se uma pessoa muito mole.

Viaje!
Aceite certas verdades eternas.
Os preços sempre vão subir!
Os políticos são todos corruptos e mulherengos!

Você também vai envelhecer.
E quando envelhecer, vai fantasiar que, quando era jovem, os preços eram acessíveis, os políticos eram nobres de alma e as crianças respeitavam os mais velhos.

Respeite as pessoas mais velhas.
Não espere apoio de ninguém.
Talvez você tenha uma aposentadoria.
Talvez tenha um cônjuge rico.
Mas, você nunca sabe quando um ou outro poderão desaparecer.

Não mexa muito em teu cabelo. 
Senão, quando tiver 40 anos vai ficar com a aparência de 85.

Tenha cuidado com as pessoas que lhe dão conselhos, mas seja paciente com elas.
Conselho é uma forma de nostalgia. 
Dar conselhos é uma forma de resgatar o passado da lata de lixo, limpá-lo, esconder as partes feias e reciclá-lo por um preço maior do que realmente vale.

Mas, acredite em mim quando eu falo do filtro solar.
Todos são livres, todos são livres para se sentirem bem!

LEMBRANÇAS!

Lembranças são resgates da lata de lixo do passado.
Limpamos, escondemos as partes feias e reciclamos.
Agregando visões que nunca tivemos 
e que nos fazem voltar a um começo 
que já não existe mais.


MOON RIVER

As noites de chuva mansa parecem frágeis, 
mas arrastam grilhões pesados 
de lembranças...

29 de out. de 2016

SER GENTE!



Ser gente!
Guiada por algo maior, evitando o pior.
Não somos...
Apenas estamos, sucede-se assim.

Dizer mais não, que sim, para todos os fins.
O que hoje tem valia, ampliado perde a alegria.
São vértices de vidas, agrupando empatias.
Sem visão não há percepção, apenas estadia.

Porque precisamos ver e ser.
Fazer o que não se quer é renúncia e não demência.
É grandiosidade com eficiência, amar com nobreza.
Colher da dor a beleza de crer no que professamos.

Porque precisamos crer.
Ir além de sermos humanos...
Porque simplesmente, precisamos ser gente.
De verdade sem falsidade, gente da melhor qualidade!

PORQUE PRECISAMOS SER...


Porque precisamos ser...
A estrada sem mapa, apenas missão dada.
Sem lembranças ou nada, que te faça crer no que percorrer.
O instinto ensina a se manter inteiro.


Porque precisamos...

Quando pensa que aprendeu, descobre na prática que nada é teu.
Segue caminhando tentando acertar! Disposto a não mais errar.

Perfeição é coisa do “eu”, a te emperrar.
Coisas sentidas e decisões tomadas.
Que fazem da vida, missão abraçada.

Acima de tudo e todos, pré-determinada.
Porque precisamos ser...