O fardo do fado!
Meu coração é nau portuguesa, que desbrava mares de incerteza, singra gigantes ondas, a caminhar pelo Porto e ver sua beleza.
Se a saudade me bate, apanho calada, a alma me lava.
Brinda-me com a ternura, rola-me pelo rosto, desgostos mil.
Se sofro, não me julgues, transformo-a em poesia.
Assim com o fado me morro todo dia.
Fado é destino, fatalidade, é música que canta o viver,
é poema narrado em notas do sofrer.
Foi Deus que me pôs no peito, o que não só eu sinto, mas jogo ao vento.
Que não sei, nem ninguém sabe dizer.
De tormento e tristeza, que se acabam numa noite portuguesa.
Apego-me ao fado num socorro, que me foi negado.
Escoando essa dor desalmada, não incomodo a ninguém.
Adoço sim, corações além, renasço também.
Não há como correr, se triste ou não, como se há de saber…
Cujas almas sensíveis, presenteiam a escrever.
Gosto de descrever, o que tantos outros, insistem em esconder.
Como conseguir viver, sem amar alguém, sem ter ninguém.
"Eu te amo" a lhe dizer.
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