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25 de nov. de 2016

OS GURUS DA NOVA ERA.


OS GURUS DA NOVA ERA.
O que é um Guru?
Guru é um termo com origem no sânscrito e significa "professor", no hinduísmo, uma das religiões indianas, o termo é utilizado para designar um guia espiritual.
O guru é aquele que possui elevado conhecimento filosófico.
Popularmente o termo guru passou a ser utilizado para designar alguém com sabedoria e capacidade de orientar e influenciar pessoas em determinado assunto.

O ser humano está em constante busca pela verdade, mas a verdade tem apenas uma face?
Será que podemos acreditar na verdade dos outros?
A verdade alheia nos serve?
Temos que descobrir a nossa própria verdade?
Como fazê-lo?
Precisamos realmente que nos ensinem a pensar, para acharmos a nossa verdade?

Tudo isso é muito perigoso, estamos vivendo a era dos gurus, onde alguns espertos com o poder da verborragia sedutora enriquecem as custas de multidões, que acham que precisam de ajuda para pensar e descobrir não só a sua verdade, mas a verdade de tudo e todos.

Uma febre se instalou na sociedade como um todo, seguir os gurus da nova era é chique, como se o pensamento recebesse uma “grife”. Cara, perfeita e elegante de usar.

Uma boa observação é que ninguém usa frases ou sábios conceitos repassados pela avó ou mãe, que conviveram dentro do seu universo, mas sim dos gurus da moda, que nem te conhecem.

A maioria enriqueceu com livros e fundações, cito alguns:
Sri Sri Ravi Shankar, Fundação Arte de Viver. 

Hridayananda dasa Goswami, Sociedade Internacional para Consciência de Krishna, conhecida como Hare Krishna.

Sri Amma Bhagavan, fundou a Onenness University.

Paramahansa Yogananda, fundou a Self-Realization Fellowship.

Osho, Chandra Mohan Jain, mais conhecido como Osho, teve mais de 600 livros publicados e traduzidos em 55 idiomas.
Ficou conhecido como o guru do sexo.
“O orgasmo oferece o primeiro vislumbre da meditação, porque nele a mente para, o tempo para”, afirmou o líder.
Com a expansão do HIV, o líder criticou as posições do Papa João Paulo II e recomendou o uso de camisinhas e luvas de látex na hora do sexo.

Um grande perigo dos tempos atuais é pautar a própria vida por palavras ou atitudes dum ser que nem conhecemos pessoalmente, quiçá no cotidiano faça tudo ao contrário que dita.
Verdades são constituídas de experiências vividas e digeridas, cada qual tem suas histórias de vida, emoções absorvidas, atitudes exercidas, são universos particulares que precisam ser respeitados, não dá para colocar o mesmo rótulo para todos como numa fábrica, que simplesmente carimba, embala e vende.
O nome disso é produto, e verdades não são vendáveis, não tem preço!

Os gurus da nova era são perigosos, porque a história já comprovou que o ser humano prefere copiar que criar, seguir que desbravar, acreditar... que pensar por si próprio.
A ginástica do pensar exige fôlego, constantemente gera embate interior de si para consigo mesmo, o que hoje concluímos de um jeito, amanhã sob novo prisma gera outro conceito, é como uma língua viva, que incorpora novos valores aos antigos, gerando palavras dantes inexistíveis.
O perigo está em trocar a liberdade do seu cérebro criativo, pela prisão de um cérebro que se auto intitula guru, e achar que tudo que diz é a mais pura verdade dentre todas as verdades existentes, sem ao menos questionar se isso lhe serve.

Quem engole sem mastigar tende a indigestão por congestão.
A congestão é a afluência anormal num ponto exato que sofre com a sobrecarga, serve para todos esses conceitos estapafúrdios espalhados pelos gurus e suas realidades opostas das nossas.

Indigestão é a resultante de toda essa congestão de modismos pensantes com grife.
Digestão é obter ideias, assimilar, separando e direcionando onde serve ou não ser aplicada.
Não sou guru portanto não considere o que leu como verdade, tire suas conclusões e construa a sua.
Boa digestão!
Izabel Gonçalves


20 de nov. de 2016

AMÁLIA HOJE - "Foi Deus" (VIDEOCLIP OFICIAL)



FOI DEUS!


Foi Deus!

Queria ter o poder de criar um ser humano.

Invejo quem o fez, empolgou-se e criou tantos.
Para tristeza e meu espanto fiquei de fora.
Apenas um queria, do jeito que imagino seria.
Tipo fado de Amália Rodrigues que pôs estrelas no céu!
Me deixou sem fim, pôs nada em mim.
Imaginei mais que o Criador.
Pensei-te perfeito… Que dor!

Por um nada, um talvez, fiquei sem vez.
Se a lágrima corre-se, lavaria a alma.
Secou-se no deserto que um dia floriu.
No peito as penas voam a cantar.
O fado triste se mistura a amargura.
O peito me bate tal cadência ao vento.
Olho o firmamento a esperar.
O que criastes e não me quer dar.

As estrelas firmam no céu, o meu olhar.
Neste vácuo a vagar.
Quisera eu tivesse o dom, de criar-te.
Me entenderias por fim.
O fado terminaria diferente e não seria assim.
Pois a tudo destes par.
Neste espaço sem fim.
Por que então, esquecestes de mim?
Não fui eu!
Foi Deus!