AMAR-TE!

Crenças são pensamentos!

Jamais revelados.

Não ouvirás bem sabes!
Tudo que me é guardado.

Fazer-te entender!
Seria colocar palavras!
Em quadro cuja beleza!
Só pode ser apreciada.

Quem há de descobrir!
Motivos que combinam texturas .

Pinceladas movidas por paixão!

Quis fazer morada viva em teu coração!

Guardada em ti como pequena oração!

Lembrada em momentos!
De paz e solidão!

Apenas um cantinho!
Por menor que fosse!
Me bastaria...

Saber-me assim já é alento!
Fôlego, ânimo e sustento!

Guiando-me pelo universo! 

Escutando meus versos! 

No breu do firmamento!

Amor não só de uma vida! 

Que são pequenas!
Para tanto sentimento!

Tão simples amor! 

Desconhece leis ou regras!

Não segue o tempo!
Ou condutas do viver!

Acontece tão somente!

Pleno se reconhece em meu viver!

Namorar é estar em amor!

Cultivá-lo e colher!
Seja como for....

É de quem produz!

O doce fruto que seduz!

É um estado de doação!
Sem nada pedir.

Independe de reciprocidade!

Apenas fonte que brota! 

Fala todas as línguas!
Como um poliglota!

Amor só nasce, jamais morre!

Se extingue em si mesmo! 

À quem sempre recorre!
Para de novo renascer!

Surge de um olhar antigo! 

Repousa num abrigo!

Nasce da paz!
Que o abraço traz.

Doce sensação que igual! 

Ninguém mais possui!

Do calor!
Que regula as batidas de um ser.

Neste infinito aconchego! 

Que existe dentro de você!

Nasce o amor de sensações estranhas!
Indecifráveis!

Conjunção harmoniosa! 

Qual notas musicais!

D’uma partitura única de almas.

D’onde habita música e calma.

Ouvi-la e senti-la!
É saber amar-te!

É como um dom nato! 

que se descobre ao segurar!
O instrumento que se vai tocar!

Amar-te é sintonizar-me!
Feito um diapasão! 

Que toca o meu coração!