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21 de out. de 2016

A DISTÂNCIA!

A distância é uma medida descabida.
Sem parâmetros, ou metragem. 
Para uns é tortura, para outros aragem.
Dependendo do que está do outro lado.
Dói igual a machucado.

Não há mercúrio que cure, nem band aid que segure.
 É ferida aberta exposta, retorno sem resposta.

Às vezes a distância é salutar!
Coloca panos frios nos que querem brigar.
Dá tempo ao tempo, no chão deixa ficar...

Outras vezes esquenta o que na chapa está!
Dá espaço pros equívocos.
Mal entendidos, rispidez, insensatez!
Não permite ao coração explicação.

Distância é um substantivo feminino, 
que significa intervalo.
É o espaço entre dois pontos 
que causa abalo!
Nó cego que aperta, saudade que afeta!
É o espaço do gargalo.
Tanto você vai como ele vem!

O espaço percorrido não é diferente 
pra ninguém!
A única coisa que influencia é a teimosia!
Quem dará o primeiro passo?
Quem receberá o primeiro abraço?
Existe algo na distância 
que é amargo e sofrido.

Provoca silêncio, desamparo, desilusão, decepção!
Deixa margem pra dor causando desamor.
É uma via de mão única,  é corredor de pavor!

Nunca se sabe o que do outro lado acontece!
Ficando a certeza que alguém padece!
Distância não percorrida!
é vida não vivida!

É um tal de pode ser, com mistura de vamos ver! 
É lentidão de horas que não passam!
É a espera no compasso!
Batendo forte como pendulo no coração.

Quem me dera pudesse no tempo mexer!
E toda distância inverter...
Quanto mais passassem as horas...
Mais espaço percorreria  sem demoras. 
Para felicidade encurtaria e pra dor esticaria.

O bom momento aumentaria e as dores encurtaria.
Mas não sou dona de nada, tudo me foi emprestado!
Ao devolver, contas prestarei! 
Se da dor melhor partido tirei!
Se da felicidade multipliquei!

Se consegui a distância vencer!
Ou se me deixei abater!
Ninguém sabe o que a distância prepara!
Se vai juntar ou separar!
Mas do seu conteúdo todos vamos provar!

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