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21 de out. de 2016

O AMOR QUE TRANSCENDE.


O amor que transcende não sente os próprios limites, torna os amantes, pontes de uma eternidade. Procuramos o outro, viajando pelo universo para sermos uno, fazendo-nos sentir que nunca estamos sós, por mais separados que se possa estar.

A busca pelo contato, pelo reencontro é fome espiritual, são almas a procura de uma luz que só um olhar possui. É Maktub, em forma de história, mesmo crescendo e vivendo somos empurrados vida a fora. Há algo que bate no peito, um sensor do teu amor, não importa a distância, o país ou o tempo, a conexão busca se estabelecer. Se vierem nas mesmas épocas, no mesmo planeta, sentem-se e se atraem. Nada satisfaz nada lhe completa, é no silêncio cósmico que se tocam. Não é a carne, não é o julgamento, a opinião alheia, tudo foge ao discernimento, está além, mas é real.


Pode ser tocado, mesmo sem contato, tudo acontece no sentido inverso, maior à distância, mais próximos. Dividem pensamentos, sensações, compartilham forças, se nutrem. É a simbiose do sentir.

Surge uma agradável sensação de não mais estar sozinho, em tudo nos acompanha, mesmo que os passos não caminhem juntos.

Surge um afeto, uma admiração, uma paz cujo endereço é desconhecido, mas é real e sentido. É a completude ansiada que aguarda o encontro para ser selada. Por mais estereótipos idealizados, traçados, nada alcança o esboço da mente. Esta força grita por dentro incessantemente. Existe! Está aqui. Vou encontrar! 

O tempo passa, o caminhar acompanha a procura dos olhos, em meio à multidão a qualquer segundo, é como se o caos parasse.

Silenciam-se os sons e o tempo transcende no encontro desse olhar, tudo vem à tona.

Auras se entrelaçam em aconchego, olhos magnetizados não procuram novos horizontes.

Banham-se mutuamente, lendo e relendo oriundos encontros.

Doce sensação do final da procura, a paz tão esperada. 

Corpos se puxam como imas, congelados por um inverno emocional, o destino cumpriu-se. Frente a frente. Maktub se fez...

O silêncio não incomoda, palavras são supérfluas, gestos imobilizam-se, almas se tocaram, se falaram e se amaram. Num pequeno espaço de tempo e razão, nada mais é perceptível.

Toda a energia se transforma em contemplação, passe o tempo que passar, esse encontro na alma ficará. Por mais que tudo atue contra, esse momento firma-se mais e mais a cada instante. 

Nos abraçamos, nos sentimos, nos reconhecemos, nos amamos como antes, durante e após. Voltamos na contra mão do tempo.
As sensações vividas, a paz do colo sideral, noite escura perfumada e quente, coubemos no espaço moldado para nós.

O prazer que não termina em segundos, mas sobrevive a eternidade.

Almas desnudam-se, tocam-se, sentem-se. De novo te encontrei...

Nos encontramos em amor, transcendemos, agora nos sabemos.

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