Translate

19 de out. de 2017

ANJOS QUE NÃO VOAM



Tudo que foi aprendido, em relação ao belo do amor.
Fica sem ser entendido, sem fazer nenhum sentido.
Por quem não o vive, só repete o repetido.
Sem o mínimo pudor.

É o castigo que se deve merecer.
Pelos que não valorizam o bem querer.
Cada qual é o melhor que pode ser.
Mas julgar o mérito!
Sem o processo conhecer!
É de doer!

Entretanto!
Neste mundo mesquinho, de gosto pobre.
Onde se equivoca galopar com o trotar.
Onde se confunde jegue com mula.
Cabe-me explicar.

O trotar é o natural do animal.
Segue a cadência com batidas espaçadas.
Galopar já é ligeiro, cujo objetivo 
é ser o primeiro na chegada.
Sem ligar para elegância.
Eita! Assunto de total irrelevância.

Ser puro sangue no meio do curral, 
é de chorar, mistério que olvido, 
ninguém merece passar.

Possui-se somente o que se tem para dar.
O que não se tem, escusa-se ofertar.
É jogar pérolas aos porcos.
Com quem se julga ao julgar.

Para quem com ninguém se importa.
A resposta não veio devagar.
Foi ligeira e observadora.
Coisa de quem fica a espiar.

Mundo estranho esse!
Busco entender para crer.
O que fazem com o próprio lapidar.
Do que aprendem!
Parece que nada sabem usar.

Deságuo nesta fonte.
De letras e versos.
Deixo aqui o meu protesto!

Não sei onde este rio desemboca.
Talvez numa ilha humana igual a mim.
Solitária e confusa!
Muito descrente, isso SIM.
Julgasse acaso não ser merecedor?

O que poderia considerar elogio.
Trata com desagrado e desgosto.
Pobre sentimento zigoto.
Causa tanto pavor assim?
Como se fosse um capiroto?

Sigo nadando, buscando o porto.
Que me traga sabedoria e siso.
Pois do que escrevo.
No momento é o que preciso.

Qual caverna de Ali Babá.
Tesouros tenho guardados.
Mas só podem ser usufruídos.
Pelos que sabem admirar.

Destino cruel de certos anjos.
Possuem penas e asas.
Mas não sabem voar.
Dependem de um coxo.
Que lhes ensine a pensar.

No quesito, sou autodidata.
Sozinha aprendi, sem livro a folhear.
O sentimento alheio!
Não se pode e nem se deve julgar.
Corre-se o risco de ficar tosco.
E a mente enquadrar.

A vida é para ser vivida.
Não aprendida por um guru chocho.
Cujo nome nem vou pronunciar.

Todo cuidado é pouco!
No que se põe a mostrar
Gostar é uma coisa.
Obsessão é ideia fixa.
Nem um pouco salutar.

Não esculache o visual!
Procurando ser igual.
Cavanhaque enfeia o rosto.
Deixe isso para o chocho.

Não vá contra a natureza.
Que pródiga foi na beleza.

Um grande abraço!
Meu “anjo” guardião.
Talvez depois desse poema.
Termine eu, no caldeirão. 




Nenhum comentário:

Postar um comentário

Sua opinião é sempre motivo de melhorias. Grata!