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18 de out. de 2017

AMAR-TE

Crenças são pensamentos jamais revelados.
Não ouvirás bem sabes...
Tudo que me é guardado.

Fazer-te entender seria colocar palavras.
Em quadro, cuja beleza só pode ser apreciada.

Quem há de descobrir os motivos.
Que combinam texturas e pinceladas.
Movidas por paixão.

Quis fazer morada viva em teu coração.
Guardada em ti como pequena oração!

Lembrada em momentos de paz e solidão.
Apenas um cantinho.
Por menor que fosse, bastaria...

Saber-me assim já é alento.
Folego, ânimo e sustento.
Guiando-te pelo universo.
Escutando meus versos.
No breu do firmamento.

Amor não só de uma vida.
Que são pequenas para tanto sentimento.
Tão simples esse amor.
Que desconhece leis ou regras.
Não segue o tempo.
Ou condutas do viver.

Acontece somente!
Pleno se reconhece em meu viver.
Namorar é estar em amor.
Cultivá-lo e colher, seja como for....

É de quem produz.
O doce fruto que seduz.

É um estado de doação sem nada pedir.
Independe de reciprocidade!
Apenas fonte que brota.
Fala todas as línguas.
Como um poliglota.

Amor só nasce, jamais morre.
Se extingue em si mesmo.
À quem sempre recorre para renascer.
Surge de um olhar antigo.
Onde repousa um abrigo.

Nasce da paz que o abraço traz.
Doce sensação que igual.
Ninguém possui mais.
Do calor que regula as batidas de um ser.
Neste infinito aconchego em você.

Nasce o amor de sensações.
Estranhas e indecifráveis.
Conjugadas harmoniosamente.
Tal e qual, notas musicais.
D’uma partitura única de almas.
D’onde habita música e calma.

Ouvi-la e senti-la, saber amar-te.
É como um dom nato.
Que se descobre ao instrumento segurar.

Amar-te é sintonizar-me com o diapasão.
Que toca em teu coração.

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