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29 de out. de 2016

PRESENTES DO UNIVERSO.


Presentes do universo.
A noite não foi feita para dormir!
É composta de porvir, oriundo de catarse, meio de se exprimir.

Poeta precisa do silêncio!
Onde o mundo se cala, tem a alma sensível, com tudo se abala.

Revira entranhas, buscando vivências, para escrever!
À todos dá ausência. 
Não é misantropo, monge ou ermitão!
Apenas um ser que precisa da solidão.

Como fotografia seu negativo se revela no escuro!
Fazendo o poema nascer antes de o sol raiar e a lua deitar. 
A quietude lhe dá asas para planar. 
O manto da noite lhe abre a mente.
O pensar... 

No corpo flui serena energia de uma alma em letargia. 
No teclado deslizam dedos soltos no ar. 
Quem nasce com alma de menestrel.
Na dança dos versos alcança o céu!

Poesia é alimento que dá sustento!
Um dia sem escrever definhando hei de morrer.

É ela que enlaça, abraça e anima!
Em seu colo deito, com a mão a tremular. 
Sou heterônimo, que vive a criar! 
Capto o verso, a letra que vem do universo, códigos criptografados anônimos.

Sem identidades ou vaidades, não são meus, são de quem quiser! 
Assino o pseudônimo abreviando a mulher. 
Com quatro letras, de ti me desvencilho.

A que ama, luta e cria filho.
Cai a noite a mão assanha. 
Surge o presente que do céu ganha. 
Sou eu, sou ela, que no fim assina! 
Escrevendo apenas codinome MIGA! 



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