Presentes do universo.
A noite não foi feita para dormir!
É composta de porvir, oriundo de catarse, meio de se exprimir.
Poeta precisa do silêncio!
Onde o mundo se cala, tem a alma sensível, com tudo se abala.
Revira entranhas, buscando vivências, para escrever!
À todos dá ausência.
Não é misantropo, monge ou ermitão!
Apenas um ser que precisa da solidão.
Como fotografia seu negativo se revela no escuro!
Fazendo o poema nascer antes de o sol raiar e a lua deitar.
A quietude lhe dá asas para planar.
O manto da noite lhe abre a mente.
O pensar...
No corpo flui serena energia de uma alma em letargia.
No teclado deslizam dedos soltos no ar.
Quem nasce com alma de menestrel.
Na dança dos versos alcança o céu!
Poesia é alimento que dá sustento!
Um dia sem escrever definhando hei de morrer.
É ela que enlaça, abraça e anima!
Em seu colo deito, com a mão a tremular.
Sou heterônimo, que vive a criar!
Capto o verso, a letra que vem do universo, códigos criptografados anônimos.
Sem identidades ou vaidades, não são meus, são de quem quiser!
Assino o pseudônimo abreviando a mulher.
Com quatro letras, de ti me desvencilho.
A que ama, luta e cria filho.
Cai a noite a mão assanha.
Surge o presente que do céu ganha.
Sou eu, sou ela, que no fim assina!
Escrevendo apenas codinome MIGA!
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