NASCER DE NOVO!

Nascer de novo!

Resolvi me despir de tudo que me aperta, sufoca, e limita!

Desatar meus nós, laços e intentos!

Cansei de agradar!
Quero me adoçar!

Soltar as amarras!
Os conceitos, os defeitos!

Nada faço direito!
Vou iniciar pelo avesso o meu começo!

Me dar de graça!
Sem preço e sem apreço!

Quando você é sem retoques, sem manhas ou façanhas!

Poucos entendem ou te sentem!

Seguem padrões descontentes!
Nada mudam e ainda se ressentem!

O novo, o diferente, assusta provoca espanto, desencanto!

O que a humanidade vai descobrir é que nas diferenças gritantes, estão felicidades alucinantes!

Mas há de se ter coragem para viver o conflitante!

Me dispo, me desnudo então!

Nada quero levar!
Que não o meu novo eu!

Quero ser feliz!
E não disso, depender de quem me diz!

Não sigo normas ou regras!
Pois vivência, requer experiência!

E essa é individual e tão banal!

O que para uns é tudo!
Para outros é nada!

Sou pó na beira da estrada!
Posso não ter valia!
Não prestar para nada!

Posso não ser o que você quer ou deseja!

Mas quem sabe!
Para alguém seja o tudo e algo mais...

Seja o que sou sem mais e mais...

Somos assim, início meio e fim...

Sempre a mesma essência!
Mudá-la por ti ou por outrem!
Jamais fará sentido!

Pois que a luz primeira que vistes!
Estava eu despida!

Essa sou eu agora!

A mesma luz de outrora!
Sem vestes, adereços e agrados!

Tentei dar o melhor!
Por soronga me tomam!

Ah... Isso já não me importa!

Sei que sou sinuosa!
Com altos e baixos!
Reflexos de adaptações constantes!

De tanto querer agradar!
Vi-me desconcertante!

Não quero mais nada!
Não busco mais nada...

Vou seguindo nua!
Pela vida pelada!

Ela que feche os olhos!
Que grite de espanto!

Seguirei meus passos!
Como um dia ao nascer chorei!

Avisando ao mundo que cheguei...

Sei que o melhor  ficou para trás!

Em algum lugar!
Que não me lembro mais...

Mas a meta a seguir!
Coloquei na minha rota de existir!

É caminhar, sem olhar para trás!

Ver o que está por vir!

E sentir no meu corpo nu!
O vento passar!

Dando-me a certeza!
Que não quero mais voltar!