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26 de out. de 2016

TALVEZ...

Talvez eu esteja aqui, mas sem estar...
Talvez minha alma poeta em outro tempo resolveu ficar!

Talvez as dúvidas sejam verdades que não queiram calar!
Coube-me viver esta vida e não a pude trocar.

Se pudesse com certeza o faria!
Em outro século viveria!
Mais romântico creio! 
Suave para escrever, doce de viver!

As modernidades e os avanços facilitam e alongam a estadia!
Mas que adianta, se qualidade levam, 
deixando a porva que desova 
no dia a dia!

Nasci fora do tempo 
e tenho que sobreviver!
Talvez o maior desafio seja não esmorecer!
Ser assim! 
Estranha do ninho que hoje é viver!
Num tempo que não me assemelha 
o parecer!

Talvez eu não me adapte e transgrida até morrer!
Mas não abro mão de ser como sou, mesmo que aqui não saiba me fazer entender!

Talvez... 
Por um erro de cálculo divino!
Tenha eu perdido o tino!
Sendo obrigada a viver em desatino!
Alienada na mente!
Para que minha insanidade vire contentamento!

E assim!
Possa eu cumprir aqui o meu tempo!
Talvez...

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